Após fim de semana atípico, prefeituras da Região dos Lagos reforçam medidas contra o coronavírus

Após fim de semana atípico, prefeituras da Região dos Lagos reforçam medidas contra o coronavírus

As férias acabaram mas as praias estavam cheias, o comércio fervilhando e milhares de pessoas chegando à Região dos Lagos. Isso aconteceu logo após o governador do Rio de Janeiro decretar as primeiras medidas para prevenção contra a pandemia do coronavírus. Assim foi o fim de semana nas principais cidades da Região dos Lagos.
Porém, já nesta segunda feira (16), os mandatários das cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios e Saquarema, principais destinos turísticos da região, assinaram decretos restringido o acesso de visitantes aos balneários e aglomerações em locais públicos e privados.

Ônibus e vans de turismo estão impedidos de acessarem as cidades. Em Búzios os transatlânticos não tem permissão para desembarcar seus passageiros e tripulantes. Na Marina dos Anjos, de onde partem os passeios náuticos de Arraial do Cabo, os portões estão fechadas por ordem da prefeitura.

A prefeitura de Saquarema, a Capital do Surf, onde é realizado anualmente uma das etapas do World Championship Tour (WCT), ampliou as restrições do decreto editado em 13 de março, proibindo, agora, aglomerações em cultos religiosos, praias, praças públicas, bares, lanchonetes e restaurante. Funcionamento de academias e locais com atividades coletivas também tiveram seus funcionamentos proibidos.

Todas as cidades suspenderam suas aulas, assim como eventos públicos que promovem aglomeração de pessoas. A despeito do Decreto Estadual, editado na sexta feira (13), a prefeitura de Araruama realizou uma etapa do Campeonato Estadual de Pesca no domingo (15), promovendo encontro entre centenas de pescadores e público em geral.

Em Brasília, mesmo com todas as orientações preventivas amplamente divulgadas pela mídia, grupos de manifestantes se reuniram em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal – STF. Ambas as revindicações, além de inconstitucionais, são consideradas criminosas de acordo com a Lei de Segurança Nacional. O presidente da república, contrariando as recomendações do Ministério da Saúde, se uniu aos militantes colocando em risco sua saúde e também da população.